A Coreia do Norte criticou nesta terça-feira o governo do Japão por não ter oferecido condolências ao país comunista após a morte de Kim Jong-il, em uma nota divulgada pela agência KCNA.
De acordo com o comunicado, enviado à agência japonesa Kyodo, a resposta "hostil" do Japão tornou a relação entre os dois países "mais sombria". Este foi o primeiro comentário do governo da Coreia do Norte sobre Tóquio desde o anúncio da morte de Kim Jong-il em 17 de dezembro, aos 69 anos de infarto do miocárdio.
A carta também critica o Executivo japonês por ter impedido que simpatizantes do regime totalitário residentes no Japão visitassem Pyongyang para dar os pêsames pela morte do ditador, que governou a Coreia do Norte com mão de ferro por 17 anos.
Após o anúncio da morte de Kim, o governo japonês informou aos representantes da Associação Geral de Residentes Coreanos no Japão, conhecida como Chongryon, que não iria permitir o retorno dos partidários comunistas a Pyongyang.
A Chongryon atua como uma embaixada norte-coreana no Japão e é formada por "zainichi" ou coreanos que vivem no Japão desde o início da colonização nipônica na península coreana (1910-1945).
A maioria dos integrantes nasceu no Japão, mas se nega a adotar a nacionalidade japonesa, por isso o Executivo deste país estabeleceu que em caso de pisarem na Coreia do Norte serão automaticamente considerados cidadãos coreanos e impedidos de voltar à ilha.
(Terra, 03/01/12)
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